quarta-feira, 14 de outubro de 2009

no texto...

Segundo a autora, muitos educadores de adultos tem se aventurado no mundo da alfabetização de adultos, acreditando que o único cuidado que necessitam ter é a escolha de palavras ligadas à realidade do educando, algo de caráter extremamente simplista. Com isso, deixam de lado a experiência acumulada por este aluno, desperdiçando uma gama de hipóteses que ele construiu ao longo da vida. Ou seja, a leitura da palavra não pode, em hipótese alguma, estar dissociada da leitura do mundo. Em minhas aulas de Física na EJA, era muito difícil prender a atenção do aluno que vem cansado do trabalho, outros apareciam drogados, outros bem idosos, enfim, isto é o que chamo de heterogeneidade. Conviver com todos estes fatores e ainda falar de algo tão abstrato quanto a Cinemática (na Física) era quase impossível. Até mesmo porque era um conteúdo que não propiciava experimentos simples, tanto quanto eu desejava. Minha saída era inventar situações problema envolvendo a turma. Estas situações eram caricaturadas no quadro negro através de desenhos. Eles adoravam, participavam e me davam muitas sugestões. Enfim, essa foi uma das formas que utilizei para trazê-los para o assunto da aula. Utilizei das mais variadas formas as situações que eles traziam, como por exemplo, a história do colega fulano que perdeu o ônibus para ir para o trabalho, pois quando chegou na parada o ônibus arrancou, imprimindo uma aceleração de tanto com uma velocidade constante... e assim por diante. Eles adoravam construir as histórias, bem como os desenhos q eu reproduzia no quadro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário